sábado, 25 de maio de 2013

ALMA BRANCA

Nem tudo é pó,
cinza ou lama...
Vai-se o corpo,
fica a alma...
E do pranto que clama na partida
nasce um suspiro,
livre
feito criança que sorri
ao ver um raio de sol...
Doce ilusão
de uma vida inteira
já passada,
adormecida e renascida
nas asas de uma pomba
que voa
num ponto de luz
de uma branca versão
do verbo amar...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O CÉU É O LIMITE


Vivo num mundo muito meu,
sem tecto
para contemplar as estrelas,
de porta fechada e janela aberta...
A janela tem cortinado,
as vezes basta correr o cortinado,
mas tem momentos
que é necessário fecha-la também,
depende da insistência
de quem quer entrar...
Como não tem tecto,
o céu é o limite...
A porta do meu mundo
não se abre apenas porque quero,
posso e mando,
ela abre-se
quando sinto
e porque sinto...!

OS ACASOS

Os acasos
foram inventados por Deus,
são Anjos em movimento
cruzando o nosso caminho,
trazem alegrias
ou tristezas,
lições para aprender,
fazem-nos crescer...
Depois,
depois vão embora...
Deixam lembranças,
são memórias
de sorrisos nos lábios...
Viver
é um movimento constante,
nada se repete,
tudo se transforma...
Os acasos
não passam de planos,
estratégias de Deus
para nos indicar o caminho...

terça-feira, 7 de maio de 2013

PRÍNCIPES DA MINHA VIDA

Na vida
cruzei-me com alguns príncipes,
uns verdadeiros reis...
Alguns
fizeram de mim uma guerreira,
outros
uma heroína,
uns quantos
fizeram sentir-me uma princesa,
outros tantos
tentaram pisar-me para se sentirem melhor,
esses eram de plástico barato
disfarçados de preciosidades...
Mas os melhores mesmo
talvez tenham sido os sapos,
aqueles que nunca cheguei a beijar...

sexta-feira, 3 de maio de 2013

APRENDI...

Aprendi a cantar
quando a vida me pediu para chorar
e a dançar
quando a vida me pediu para parar...
Ensinou-me um passarinho
que as borboletas nasceram para bailar,
e os sonhos
são para sonhar...
Aprendi que o amor é livre
e deixa voar,
ele não volta
simplesmente porque nunca se vai...
Tudo na vida tem prazo de validade,
na realidade
sobra sempre a saudade,
uma verdade
destruida pela vaidade
que desaparece com a idade...