quarta-feira, 24 de abril de 2013

ILUSÃO

Adivinho-te lentamente,
sem pressa,
como se fosses um sonho
num breve momento,
doce e delicado,
tão leve
que até parece verdade...
E num devaneio repentino
de loucura e vaidade,
estendo-te a mão
e devolvo-te o sorriso
que nunca me deste...
Acordo de uma ilusão
rodeada de multidão,
olho em volta
e tudo o que vejo,
são miragens
num deserto cheio de ninguém...
E numa correria louca
sopra-me o vento fazendo-se ouvir,
num grito rouco,
diz que é livre,
quase me deixa mouca...!

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